quinta-feira, 18 de junho de 2009

Podcasting Jonas

Criação de um REA em formato áudio


INTRODUÇÃO


Partindo do princípio que na escola em que vão ser aplicadas estas tarefas há uma plataforma moodle em funcionamento e que os professores podem previamente prepará-la com programas para que, de uma forma simples os alunos lhe possam aceder com um simples "clicar" de rato, esta turma tem como tarefa, após a criação da wiki, enriquecê-la desta feita gravando a leitura dos textos que produziu por escrito. Mais tarde poderá aprender a acompanhar o som de imagens em movimento. Para já apenas verá a explicação de como fazer um podcast em slideshare e será a partir daí que elaborará o seu próprio podcast.

Objectivo geral:

  • Criar um Podcast e colocá-lo na wiki da turma


Descrição/ enquadramento

  • Após ao domínio básico no manuseamento de texto numa página Wiki, os alunos vão tentar ilustrar os textos criados com voz. Para isso vão aprender a criar um podcast e, feita a gravação da narração oral do mesmo, vão colocá-lo no local competente da página.

Local:

  • Laboratório de informática
  • Sala de aula com video-projector

Destinatários

  • Alunos do 5º e 6º ano do 2º Ciclo

Objectivos/ competências

  • Aprender a introduzir som nos textos produzidos e publicados na wikipage.
  • Visualização prévia da explicação em powerpoint (disponível na plataforma)
  • Dominar os comandos básicos do programa audacity
  • Exportar o(s) ficheiros produzidos e convertê-los para MP3 com
  • Aprofundar os conhecimentos sobre as potencialidades de uma página wiki

Endereços a utilizar nas actividades

Descrição detalhada das tarefas a realizar:


Audacity-logo-r_50pct.jpg
Tarefa 1 gravar o (s) texto(s) produzido no(s) programa audacity
  • Alunos:


  • -Ouvem e visualizam ( atentamente na plataforma moodle) toda a explicação de o que é, para que serve e como se cria um podcast.

  • Professor:


  • Esclarece as dúvidas e ajuda os alunos em dificuldade.
audace.jpg
Tarefa 2 Gravação do podcast-------
  • Alunos:

    • Em pequenos grupos ( pares de preferência) os alunos aprendem a gravar ficheiros de som e a " limpá-los".
  • Professor:

    • Esclarece as dúvidas e ajuda os alunos em dificuldade.
images.jpg
Tarefa 3 “Exportar e converter os ficheiros em Mp3
  • Alunos:

    • Os alunos exportam e convertem o ficheiro em formato Mp3
    • Testam o ficheiro
  • Professor:

    • Esclarece as dúvidas e ajuda os alunos em dificuldade.
    • Verifica se todos os ficheiros foram correctamente produzidos.
wikispaces.jpg



Tarefa 4 “Colocar o podcast na wikipage
  • Alunos:

    • Os alunos abrem a wiki page no local adequado
    • Colocam o ficheiro no local apropriado
    • Testam o ficheiro
  • Professor:

    • Esclarece as dúvidas e ajuda os alunos em dificuldade.
    • Verifica se todos os ficheiros foram correctamente introduzidos.
podcast1.jpg
Tarefa 5 – Audição crítica dos podcasts
  • Alunos:

    • Os alunos de cada grupo apresentam o seu texto- podcast ( versão audio)
    • Debate/ discussão acerca doas qualidades e defeitos de cada um.
  • Professor:

    • Ouve as apresentações.
    • Modera o debate
podcast4.jpg
Tarefa 6 –“Balanço
  • Alunos:

    • Os alunos fazem um balanço do trabalho realizado
    • Propõem novas tarefas relativamente a este.
    • Elaboram um relatório escrito e uma folha de projecto para novas actividades ( modelos constantes em rubrica da wiki/moodle)
  • Professor:

    • Orienta as pretensões dos alunos fazendo-lhes ver da sua viabilidade
    • Recolhe as propostas para posterior análise






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domingo, 14 de junho de 2009

Das teorias do EAD


Moore considera que a autonomia surge como consequência do processo de maturação do indivíduo e que os programas de Ensino a Distância, devido à sua estrutura, requerem alunos com comportamentos autónomos de modo a conseguirem concluir com sucesso esses mesmos programas.


O aparecimento e sobretudo a expansão/sucesso do EAD prende-se com factores sociais que por sua vez se relacionam com uma certa “inoperância” de sistemas existentes.

De facto, as primeiras formas de EAD, se assim podemos apelidar os vulgarmente chamados “cursos por correspondência”, vêm dar resposta às necessidades de formação do pós-2º guerra mundial. Por sua vez, o boom industrial acabou por despoletar todo um conjunto de iniciativas de ensino em massa onde o factor distância deixou de ser um obstáculo. Pelo contrário, acabou até por rentabilizar recursos, uma vez que permitiu a conjunção de dois factores: produção e valorização.

E se o EAD surge como consequência da evolução da sociedade, também são esses factores que levam à sua actualização/modificação. O que os primeiros teóricos do EAD fizeram foi colocar “em letra de forma” a definição de Ensino à Distância, os propósitos que serve e o que se pretende que seja.

Baseando-se na análise concreta, quer da sociedade, quer dos cursos existentes, teorizaram acerca do ensino ideal e da forma como devia ser conduzido, sobretudo atendendo às condições técnico-materiais, aos objectivos programáticos (e resultados) pretendidos e ao tipo de público a que se dirigiram ou que pretendiam abranger.

A meu ver (e não querendo aqui apenas “propagandear” o meu teórico de eleição),Wedemeyer foi quem teve uma visão mais generalista, flexível e ao mesmo tempo abrangente do EAD a ponto de ainda estar muito actual nos dias que correm. De facto, nos seus aspectos fundamentais, a Teoria do Estudo Independendente promove:

  • Autonomia
  • Ensino centrado no aluno
  • Aprendizagem ao longo da vida

… que são os pressupostos da pedagogia actual.

Além disso segundo o autor:

O estudo independente consiste em várias formas de ensinar-aprender nas quais os professores e os alunos realizam as suas tarefas e responsabilidades essenciais afastados uns dos outros, comunicando de formas variadas com o fim de libertar os alunos internos de aulas com padrões e velocidades inapropriados ou dar aos alunos externos a possibilidade de continuarem a aprender no seu ambiente próprio e desenvolver em todos os estudantes a capacidade de levarem a cabo a sua auto-aprendizagem.(Charles A. Wedemeyer, Encyclopedia of Education)

O que significa que, desde que encarado de uma forma séria e profissional), este tipo de ensino não incorre nos mesmos “erros” do ensino tradicional que, principalmente pelas suas características massificadoras, não respeita, entre outros, aspectos o ritmo do aluno nem acompanha a(s) sua(s) vontade(s) de saber, tendo também em linha de conta as suas disponibilidades.

Discípulo e seguidor de Wedemeyer, Moore “pegou na sua teoria (sobre a independência do aluno a distância e a relevância dessa independência no seu sucesso) e na de Peters (de industrialização do ensino a distância) e apresentou uma teoria unificadora”

… ou seja, baseado no feedback do que em matéria de EAD (e o ensino tradicional) estava e havia sido feito, bem como nos fundamentos das outras teorias, adaptou, adequou e modernizou-os através da sua Teoria Transacional.

O mesmo fez Holmeberg com a sua Teoria da Conversação Didáctica Guiada, que, como o próprio nome indica, pretende “guiar” até à autonomia e independência.

Resumindo: todos estes teóricos apelam à autonomia e independência, estão bem cientes das dificuldades inerentes a um ensino à distância e da importância do relacionamento do aluno com o formador/professor no processo ensino/aprendizagem.

Perante as realidades encaradas, assim se orientam os seus pontos de vista: Wedmeyer parte do pressuposto da existência de um aprendente adulto, responsável, ciente das suas necessidades e objectivos; Moore e Holmeberg apontam para uma maior incidência na orientação do aprendente que pode ser jovem e algo imaturo.

Peters com a sua Teoria da Industrialização, será o teórico que está mais perto do ensino tradicional e mais distante dos dois acima referidos pois considera “ensino ou educação como um método racionalizado para se adquirir conhecimento, habilidades e atitudes e que esse processo se vale dos princípios da divisão e da organização do trabalho e, sobretudo, dos meios técnicos nomeadamente da produção de materiais de ensino de alta qualidade de forma a abranger/ alcançar ao mesmo tempo um grande número de estudantes seja qual for o local em que vivam”.



quinta-feira, 4 de junho de 2009

Querer é poder...


A minha escola, embora use as novas tecnologias e esteja a ser equipada com videoprojectores e quadros interactivos, não funciona como um todo.Por isso não é fácil levar a cabo inovações que normalmente impliquem coordenação, entrega e partilha. De uma maneira geral, cada um trabalha para si ou para a nota final e não troca informação/trabalho porque, a seu ver, tal lhe pode ser prejudicial.Parece impossível , mas ainda há sítios em que se funciona assim.

Ora, esse espírito do informático que não transmite informação para continuar a ter clientes não faz nenhum sentido na sociedade da informação e do conhecimento. Trabalhar em rede é partilhar, a net é isso...

Como talvez já tenha dito, estive três anos fora do país e quando regressei à escola pensei que muito tinha mudado. E mudou....excepto a mentalidade que com o novo sistema de avaliação se tornou ainda mais retrógrada.

Este ano tive pois que trabalhar sozinha e "à unha" porque ter informação é ter poder e esta não me era facultada senão após vassalagem que só presto a quem merece.

E pronto...comecei a fazer uma wiki com os meus alunos (do 5ºano). Tem sido um sucesso.Adoram escrever-me, mandar-me textos; sabem já fazer textos colectivos e descobriram que os links que lá coloquei e que remetem para utilidades e jogos de língua portuguesa são muito úteis. Alguns já envolveram os pais e só tenho pena de que tenha tudo acontecido tão tarde e o ano lectivo esteja a acabar. Às vezes sou abordada na rua por um aluno que me diz: " Professora estou a acabar um texto para lhe mandar.".

Também já usei esse wiki numa aula de substituição que me tortura todas as sextas feiras ao último tempo do turno da tarde com uma das piores turmas do 5º ano. Embora só tivesse um portátil (os videoprojectores ainda não funcionam), os alunos adoraram fazer "jogos de língua portuguesa" e dizem-me, quando me encontram, que em casa acedem à "página".

Vou continuar a experiência...mesmo sózinha.